sábado, 10 de outubro de 2015

CENTENÁRIO DO MAESTRO AÉCIO DE FÉO FLORA


O maestro Aécio de Féo Flora,autor do Hino a Dracena, nasceu em 10 de outubro de 1915 em Tietê. Os pais Luiz Gonzaga e Carmelita tiveram no total 10 filhos.
Aécio iniciou os estudos de música aos seis anos com o tio Benedicto Flora, maestro da Banda Lyra Tietense. Aécio passou a dirigir a banda aos 18 anos, quando o tio faleceu, ficando no cargo até 1940. Ainda foi alfaiate em Tietê.
Em 1937, se casou com Maria Apparecida de Oliveira Flora. O filho Aécio nasceu em 1939. Em 1941, a família mudou-se para Martinópolis e depois Presidente Prudente. Aécio trabalhava com música e com a alfaiataria. A mudança para Presidente Venceslau se deu em 1944 para o trabalho num restaurante. O filho Wagner nasceu em 1947. O filho João Luiz nasceu em 1951. A filha Ângela foi adotada quando a família já residia em Dracena.
Em 1955, nova mudança, desta vez para São Paulo, visando o trabalho em bares. O retorno a Presidente Venceslau se deu em 1957 para trabalho no restaurante do Venceslau Clube.


DRACENA – A ÚLTIMA PARADA

Em 1960, a família de Aécio mudou-se para Dracena, instalando-se em sua nova atividade na Praça da Bandeira nº 39, a Cantina Bologna, onde trabalhou por cerca de 25 anos. A Cantina Bologna marcou época e era o ponto de encontro da sociedade dracenense, especialmente nas noites dos anos 60, quando diversos artistas de renome do rádio e televisão da época lá se apresentaram.
Em Dracena, o maestro Aécio reativou a sua veia artística e vieram novas composições musicais e poéticas, sempre compartilhadas com amigos e clientes do restaurante.  Em 1964, integrando a Associação dos Amigos de Dracena e a pedido de seu grande e particular amigo, Dr. Afrânio Gomar, compôs aquela que pode ser tida como a sua maior obra, o Hino a Dracena, oficializado pela Câmara Municipal por propositura do vereador Magid Zacharias, Lei nº 697/1967 e assinada pelo então prefeito Manoel Gomes Gonçalves. Posteriormente, pela Lei nº 1.240, o prefeito Paulo Tahara tornou obrigatória sua execução em todas as festividades municipais.
Nos anos 70, com a cidade em decadência e um comércio deficiente, Aécio mais uma vez deu uma guinada em sua vida . Iniciou e centralizou as suas atividades na carreira de professor de música, o que conseguiu após submeter-se a provas em Conservatório do MEC, obtendo títulos definitivos para lecionar nos níveis fundamental e médio: Educação Musical, Teoria Musical e Solfejo, Harmonia e Morfologia, Orfeão Artístico, Trombone, Saxofone, Pedagogia Musical, História da Música e Folclore Musical. Lecionou em 17 ginásios da região de Dracena.
Aécio, além do Hino a Dracena, é o autor dos hinos das cidades paulistas de Junqueirópolis, Ouro Verde e São Pedro e da sul-matogrossense Fátima do Sul.
Também compôs (sempre letra e música) hinos a inúmeras escolas, entidades filantrópicas, militares, esportivas, culturais, grêmios estudantis etc.  
Era membro da Academia Piracicabana de Letras; da Academia Cultural e Artística de Tietê; da União Brasileira de Escritores; do Movimento Poético Nacional e do Clube dos Trovadores Capixabas, do Espírito Santo. É autor de inúmeras poesias, tendo editado dois livros: "Alcatifa de Pétalas" e "Pétalas".
Em junho de 1987, Aécio perdeu a sua companheira de toda uma vida. Maria Apparecida morreu num leito de hospital de Presidente Prudente. Aécio de Féo Flora faleceu em 1994 na Santa Casa de Dracena.
Seu nome está eternizado na história de Dracena. Em retribuição aos seus préstimos e pelo seu amor pela Cidade Milagre, o município prestou a ele as suas homenagens denominando uma de suas ruas com o seu nome e também ao batizar o maior centro cultural da cidade como Teatro Municipal Maestro Aécio de Féo Flora.

HOMENAGEM EM VÍDEO

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