O maestro Aécio de Féo
Flora,autor do Hino a Dracena, nasceu em 10 de outubro de 1915 em Tietê. Os
pais Luiz Gonzaga e Carmelita tiveram no total 10 filhos.
Aécio iniciou os estudos
de música aos seis anos com o tio Benedicto Flora, maestro da Banda Lyra
Tietense. Aécio passou a dirigir a banda aos 18 anos, quando o tio faleceu,
ficando no cargo até 1940. Ainda foi alfaiate em Tietê.
Em 1937, se casou com
Maria Apparecida de Oliveira Flora. O filho Aécio nasceu em 1939. Em 1941, a
família mudou-se para Martinópolis e depois Presidente Prudente. Aécio
trabalhava com música e com a alfaiataria. A mudança para Presidente Venceslau
se deu em 1944 para o trabalho num restaurante. O filho Wagner nasceu em 1947.
O filho João Luiz nasceu em 1951. A filha Ângela foi adotada quando a família
já residia em Dracena.
Em 1955, nova mudança,
desta vez para São Paulo, visando o trabalho em bares. O retorno a Presidente
Venceslau se deu em 1957 para trabalho no restaurante do Venceslau Clube.
DRACENA – A ÚLTIMA
PARADA
Em 1960, a família de
Aécio mudou-se para Dracena, instalando-se em sua nova atividade na Praça da
Bandeira nº 39, a Cantina Bologna, onde trabalhou por cerca de 25 anos. A
Cantina Bologna marcou época e era o ponto de encontro da sociedade dracenense,
especialmente nas noites dos anos 60, quando diversos artistas de renome do
rádio e televisão da época lá se apresentaram.
Em Dracena, o maestro
Aécio reativou a sua veia artística e vieram novas composições musicais e
poéticas, sempre compartilhadas com amigos e clientes do restaurante. Em 1964, integrando a Associação dos Amigos
de Dracena e a pedido de seu grande e particular amigo, Dr. Afrânio Gomar, compôs
aquela que pode ser tida como a sua maior obra, o Hino a Dracena, oficializado
pela Câmara Municipal por propositura do vereador Magid Zacharias, Lei nº
697/1967 e assinada pelo então prefeito Manoel Gomes Gonçalves. Posteriormente,
pela Lei nº 1.240, o prefeito Paulo Tahara tornou obrigatória sua execução em todas
as festividades municipais.
Nos anos 70, com a
cidade em decadência e um comércio deficiente, Aécio mais uma vez deu uma
guinada em sua vida . Iniciou e centralizou as suas atividades na carreira de
professor de música, o que conseguiu após submeter-se a provas em Conservatório
do MEC, obtendo títulos definitivos para lecionar nos níveis fundamental e
médio: Educação Musical, Teoria Musical e Solfejo, Harmonia e Morfologia,
Orfeão Artístico, Trombone, Saxofone, Pedagogia Musical, História da Música e Folclore
Musical. Lecionou em 17 ginásios da região de Dracena.
Aécio, além do Hino a
Dracena, é o autor dos hinos das cidades paulistas de Junqueirópolis, Ouro Verde
e São Pedro e da sul-matogrossense Fátima do Sul.
Também compôs (sempre
letra e música) hinos a inúmeras escolas, entidades filantrópicas, militares,
esportivas, culturais, grêmios estudantis etc.
Era membro da Academia
Piracicabana de Letras; da Academia Cultural e Artística de Tietê; da União
Brasileira de Escritores; do Movimento Poético Nacional e do Clube dos
Trovadores Capixabas, do Espírito Santo. É autor de inúmeras poesias, tendo
editado dois livros: "Alcatifa de Pétalas" e "Pétalas".
Em junho de 1987, Aécio
perdeu a sua companheira de toda uma vida. Maria Apparecida morreu num leito de
hospital de Presidente Prudente. Aécio de Féo Flora faleceu em 1994 na Santa
Casa de Dracena.
Seu nome está eternizado
na história de Dracena. Em retribuição aos seus préstimos e pelo seu amor pela
Cidade Milagre, o município prestou a ele as suas homenagens denominando uma de
suas ruas com o seu nome e também ao batizar o maior centro cultural da cidade
como Teatro Municipal Maestro Aécio de Féo Flora.
HOMENAGEM EM VÍDEO
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